segunda-feira, 2 de junho de 2008

A ópera bufa

Termina o dia de hoje com muitas notícias e poucas novidades.


A ÓPERA BUFA.


Primeiro Ato - O Espetáculo.

O prefeito alardeou na cidade que lançaria a sua candidatura oficial hoje. Soltou foguetões, intimou a todos os funcionários da prefeitura, exigindo o comparecimento a esse ato de fé e caridade cristã. E a tardinha lá estavam todos. Cada um tentando se mostrar para dizer hei, eu tô aqui, viu? Casa lotada, espetáculo aguardado com bastante ansiedade e temerosidade.


Segundo Ato - PP

Nos bastidores os atores não se acertavam. A cena tava mal ensaiada.

A hora da escolha do vice foi um fracasso total. Ninguém queria fazer o papel do Vice.

Essa peça onde já se sabe que o ator morre no fim, ninguém quer atuar.

Zé filho só aceita se for o ator principal, mas o lugar já está ocupado pelo prefeito.

Gerusa também não aceitou, Ivan Marinho jurou que só queria ser vereador, Lampião alegou que ainda tinha seis meses de presidência e isso já garantia sua reeleição.

Bom, se é pra perder, vamos empurrar um que não tenha mandato. Deverá ficar entre Edinho Ribeiro, Wilder, Néneo ou outro menos cotado.


Terceiro Ato – PMDB

Antes de tudo o PP não aceita nem coligar na proporcional com esse partido, imaginem indicá-lo como vice.

A primeira vítima foi Dr. Diá. Mesmo dizendo que já está no CEU, que lá é melhor, foi vetado por unanimidade.

O vereador Oscar Paulino já se sentindo um pouco escanteado, ensaiou uns passes, mas foi voto vencido também.

Ubiratan e Leyla, estranhamente não se enquadraram no perfil e não foram cogitados.

A atual Vice-prefeita Fátima Jácome, ainda está amargando o escanteio que está levando nesse governo, desde que assumiu a Secretaria de Assistência Social. A secretaria foi esvaziada e todos os poderes desviados para as mãos de pessoas ligadas diretamente ao Sr. Alcaide. E lastima que deveria ter continuado vereadora. Vice, nunca mais.


Quarto Ato – Mein Kampf

Com a platéia reunida, casa cheia, só restava representar com o elenco capenga.

E foi iniciado o MONÓLOGO.

Eu não sou daqui, eu era pobre, eu vim trabalhar em Macau, eu hoje estou rico, eu fui eleito, eu sou o prefeito, eu ainda vou trabalhar pos Macau, eu fui perseguido, eu sou humilde, eu amo o povo de Macau, eu quero ser eleito de novo. Ora em tom afirmativo e cativante, ora em momentos de verborragia histérica, ameaçadora e descontrolada.


Ato Final – O Ocaso

Findo o espetáculo resta a repercussão da peça. Cabisbaixo, com a certeza que não convenceu a platéia, manda baixar o pano e retira-se com a troupe.

Sem escolha democrática ou mesmo impositiva do companheiro(a) de chapa, resta a esperança de que alguém se sujeite a assumir esse contrato de risco.


THE END.

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