terça-feira, 22 de julho de 2008

Balada para um louco

Balada para um Louco

Quem já se atreveu a ouvir, eu digo, OUVIR, ESCUTAR, ENTENDER, e por final decifrar as músicas de campanha dos diversos candidatos, na campanha eleitoral de Macau , deve ficar meio confuso.

Aproveitando os sucessos do momento dos mais variados grupos de forró ou axé que tão na onda, são feitas versões, enaltecendo o nome e número do candidato, que são repetidos indefinidamente nos refrões, rua acima rua abaixo.


São carros de som, bicicletas, carrocinhas, paredões, trios elétricos e tudo mais que possa amplificar o barulho das músicas enaltecendo os candidatos. Alguns exageros, como a mesma versão sendo usada para 7 ou 8 candidatos, gravações mal feitas, letras indecifráveis, cantores desafinados, sons distorcidos, nomes ou números difíceis de rimar, volumes de som estupidamente elevados entre outras mazelas tem causado mal estar aos tímpanos do eleitor.


É, fica difícil a gente escolher um candidato pela sua “trilha musical” pelo seu “jingle”, principalmente quando “sentimos” a melodia, senta que é de menta, chupa que é de uva, abre, abre, abre...


Claro, que não seria necessário chegar aos clássicos de campanhas como: Aluisio Alves vem do sertão lá do cabugi...ou sopra um vento forte no Rio Grande do Norte, ou mesmo Lula-lá, brilha uma esperança..., mas, que se tivesse um mínimo de respeito com os nossos ouvidos, afinal, precisamos conservá-los, pois ainda temos vários e vários discursos para agüentarmos até o dia 5 de outubro.

ps. Sim não ouvi ainda a versão do Créééu....você já ouviu?


Um comentário:

GMX disse...

Olha, este é um dos maiores problemas: o excesso da propaganda sonora em Macau. A lei é bem clara a respeito deste tipo de poluição, a péssima qualidade de música/letra, o alto volume do som, os estouros frequentes dos "fogos"... Ao que é notório, o poder judiciário não tomou providências, pois o que estamos ouvindo em Macau é realmente um ABUSO. Os estilos de músicas escolhidas para as versões dos candidatos, retratam exatamente o baixo nível cultural e intencional destes homens que poderão ocupar cargos importantes em nosso município (aliás, já ocupam e promovem a desordem): "passar o rodo" no dinheiro público e posar de "bacana"... A administração municipal tem se resumido a desmanchar o que ainda nem foi terminado e promover festas trioeletrizadas com um porrilhão de fogos de artifícios estourando no meio da noite... No meio da noite estão acontecendo coisas terríveis... O lixo musical a que estamos expostos é apenas um reflexo da pobreza cultural e da podridão poderosa que se estabeleceu em Macau.

29/07/2008 - GETÚLIO MOURA